“Aqui a criminalidade não vai se criar”, alerta delegado regional de Canoinhas

por admin última modificação 08/03/2018 20h46
Wagner Valdivino Meirelles esteve na Câmara para falar do trabalho da Polícia Civil e das perspectivas

Cinco meses depois de vir à Câmara e se apresentar como novo delegado regional de Canoinhas, Wágner Valdivino Meirelles voltou à tribuna da Casa, mas, desta vez, para falar do trabalho e das perspectivas futuras da Polícia Civil na região.  O policial atendeu a convite encaminhado pelo vereador Osmar Oleskovicz (PSD), por meio de requerimento.

Celebrou ações bem sucedidas por meio de parceria estabelecida entre as Polícias. Falou que, ao chegar a Canoinhas, procurou de imediato o comando do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) para estreitar as relações entre as instituições. “Falei que teríamos que ser unidos e trabalharmos juntos e o tenente coronel Mário (Renato Erzinger) prontamente compreendeu o meu propósito”, explicou durante pronunciamento na sessão ordinária de segunda-feira, 10.

Nos últimos meses, as Polícias Civil e Militar atuaram em pelo menos quatro operações de repercussão. Porém, a mais importante foi a que desmantelou a quadrilha que tentava explodir o caixa eletrônico da agência do Itaú, em Três Barras, há dez dias.

Cerca de 20 policiais civis e militares atuaram na operação que resultou na morte de três criminosos e na prisão de outros cinco. Segundo Meirelles, a quadrilha que também vinha sendo investigada pela Polícia Civil do Estado do Paraná, é considerada uma das mais perigosas da região Sul e até do País. “Aqui a criminalidade não vai se criar”, alertou o delegado, ao informar que um dos criminosos lhe confessou, durante depoimento, que não esperava encontrar uma Polícia tão preparada numa região de cidades de pequeno porte.  

Apesar dos resultados positivos, Meirelles defende uma melhor estrutura da Polícia Civil, começando pelo aumento do efetivo. “Quando cheguei à cidade, éramos em três delegados. Hoje, somos em dois e temos que nos revezar nos plantões”, explicou o delegado ao informar que já direcionou 37 procedimentos de investigação ao Poder Judiciário. “É um trabalho burocrático e que requer tempo para que não aconteçam falhas”, acrescentou.

O efetivo da 22ª Delegacia Regional é de 33 policiais. No Departamento de Investigação Criminal (DIC), também coordenado pelo delegado, atuam apenas quatro agentes que já encerraram o mês como 350 horas de trabalho. “E temos que achar uma forma de compensar essas horas sem atrapalhar o andamento das investigações”, comentou.

Meirelles acredita que a Delegacia Regional teria que contar com pelo menos outros três delegados. Solicitou a intervenção da Câmara junto aos deputados estaduais e a secretaria de Estado da Segurança Pública, para que novos profissionais sejam encaminhados à instituição. “Para fazer frente e dar uma resposta mais satisfatória a nossa sociedade”, justificou.

Concurso público para o cargo de delegado será realizado no início do próximo ano. Na sequência acontece a preparação dos aprovados na academia. O curso deve prosseguir até o mês de agosto.

Sobre a onda de furtos e roubos a residências e estabelecimentos comerciais da região, o delegado garantiu que grande parte dos criminosos já foi presa. Muitos deles em flagrante pela Polícia Militar, outros por meio de investigação realizada pela Polícia Civil e alguns por efetuarem outros delitos. “Mas em alguns casos, ainda não conseguimos provar que esses também são os autores de outros crimes”, confirmou.

Por fim, o delegado tranquilizou a população afirmando que o trabalho de investigação e de combate ao crime é contínuo, apesar de muitas vezes essa informação não chegar até as pessoas.  “Aqui nós temos delegado de polícia, comandante da policia militar, oficiais e agentes capacitados. O que nos falta, realmente, é mais gente para trabalhar. Mas enquanto isso na acontece, nós temos que aproveitar a boa vontade de trabalhar dos nossos policiais”, concluiu.

 

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