“Esse é o momento de reivindicar por melhorias”, clama Sudoski, ao citar problemas com obras de saneamento
As obras de saneamento que vêm sendo realizadas em Canoinhas não estão sendo totalmente satisfatórias, uma vez que várias delas já precisaram ser refeitas e muitos cidadãos relatam problemas. E este descontentamento foi tema do requerimento nº 160/17, de autoria do presidente da Câmara e Vereadores, o edil Wilmar Sudoski (PSD). Ele quer que seja encaminhado ofício ao prefeito Beto Passos, solicitando saber quando vence o contrato da Empresa Itajuí com o município, além de cópia do contrato; cópia das notificações realizadas contra a Empresa; se há previsão de nomeação de um Diretor de Saneamento e que o município designe uma pessoa com conhecimentos técnicos para fiscalizar as obras realizadas pela Itajuí e fazer uma vistoria rua por rua para avaliar problemas como calçadas mal feitas, bocas de lobo não fechadas e ruas mal acabadas.
A vereadora Norma Pereira (PSDB) sugere que sejam inseridas informações sobre quais são as responsabilidades e a data do vencimento, por exemplo, “porque a gente sabe que a Casan pode notificar a empresa que fez o trabalho.” Ela lembra que os problemas não aparecem agora, mas que posteriormente isso pode ocorrer, justamente quando a empresa não estiver mais na cidade, ficando a responsabilidade com o Município.
O edil Paulo Glinski (PSD) também frisou a importância deste requerimento, sugerindo também um pedido de cópia das notificações que já foram encaminhadas pelos setores de planejamento e de saneamento e pela Casan, para que a Casa tenha acesso. Ele lembrou que desde o início os trabalhos não foram satisfatórios, utilizando um exemplo pessoal para ilustrar os problemas. ”Na frente da minha casa eles fizeram três vezes a mesma calçada e não ficou bom ainda”, contou. Glinski ainda trouxe à discussão o fato de que há temor de que os defeitos sejam ainda maiores em locais invisíveis à população, como as tubulações, por exemplo, que ficam debaixo da terra.
Outro assunto ligado a este tema, lembrado pelo vereador Coronel Mário Erzinger (PR), veio a calhar na discussão: a adequação dos imóveis aos novos padrões de calçadas, que pode ser solicitada pelos proprietários, para que se adequem à nova legislação municipal, para evitar que novas obras tenham que ser realizadas.
Autor do texto, Sudoski frisou que “daqui a pouco essa empresa vai desativar seu endereço e vai pra outro trabalho, em outro lugar.” Lembrou ainda que no contrato ficou definido um período de carência, dentro do qual a empresa Itajuí deve refazer as obras mal feitas. O presidente da Casa pediu atenção à cobrança que, por direito, os cidadãos devem fazer. Disse que somente com a reivindicação é que os trabalhos serão refeitos e que os canoinhenses devem exigir e cobrar. O segundo ponto destacado por Sudoski foi a necessidade de o município designar um profissional com conhecimentos técnicos para fiscalizar as obras, “porque tem boca de lobo tampada com areia e cal e está se desfazendo.” De acordo com ele, esse requerimento foi criado justamente para não sobrar para os cofres públicos.
A vereadora Telma Bley (PMDB) também deu seu parecer positivo ao requerimento, adicionando a sugestão de que se contrate um fiscalizador isento de vínculos com a empresa e com os engenheiros. “Quando empresa fica muito tempo em um município, ela cria muitos vínculos com os engenheiros e fiscais. Assim não há fiscalização séria, que realmente funcione”, disse ela, que ainda relatou que já se deparou com obras que continham muita infiltração e que, mesmo assim, os engenheiros davam o aval para que a obra seguisse adiante.
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