AMOC quer explicações sobre a possível perda de convênio com o Estado
A possível perda do convênio firmado há mais de 40 anos entre o Estado de Santa Catarina e os centros comunitários trouxe insegurança e uma série de problemas, principalmente, para a Associação de Moradores da COHAB 1 (AMOC). Até 2009, os recursos anuais de aproximadamente R$ 26 mil eram repassados à associação em dez parcelas mensais. No ano seguinte, apenas três delas foram encaminhadas.
A associação, que há alguns anos assumiu as atividades do antigo Centro Comunitário Benedito Therézio de Carvalho, vem passando por inúmeras dificuldades e busca explicações sobre o cancelamento. A única funcionária está sem receber desde abril do ano passado, a linha telefônica foi cortada e os cursos e atividades desenvolvidas junto à comunidade são mantidas com campanhas de arrecadação e ajuda dos próprios alunos. “São mais de 180 pessoas que participam de cursos de pintura, grupos da Melhor Idade, ginástica, aulas de jazz e outras atividades aqui na associação. Tudo isso está sendo mantido graças ao apoio dos alunos que ajudam a pagar o salário dos monitores”, afirma a funcionária Sandra Wolkan.
Em 2011, membros da diretoria encaminharam à Secretaria do Desenvolvimento Regional de Canoinhas todas as documentações visando a renovação do convênio. “Foram entregues, mais de uma vez, o plano de trabalho e todas as informações referentes à associação e suas ações junto à comunidade. Ficamos vários meses aguardando o repasse das parcelas e, somente no final do ano, obtivemos como resposta que o convênio não existia mais”, explica a funcionária.
A situação foi levada até a Câmara Municipal na semana passada pelo vereador Célio Galeski (PSD). Na tarde de quarta-feira (07), o presidente do legislativo municipal, Paulo Glinski (PSD) e o vereador Beto Passos (PT) estiveram reunidos com a diretoria da associação. “Eles (diretoria) estão apreensivos. A associação pediu o apoio dos vereadores para que possamos verificar junto aos órgãos competentes se o convênio foi mesmo cancelado. Entendemos a preocupação dos membros da diretoria, afinal, a associação está com sérias dificuldades financeiras e com dívidas, inclusive, no comércio local”, frisa Glinski.
O problema promete ser levado ao conhecimento do secretário do desenvolvimento regional. Segundo Glinski, uma reunião será agendada para os próximos dias a fim de se fazer uma mobilização em prol da associação. “Queremos ouvir do próprio secretário se a informação procede ou não, o porquê da associação não ter sido avisada antes da possível perda do convênio e ainda se existe algum mecanismo legal para que pelo menos se receba os recursos provenientes ao exercício 2011 e as setes parcelas pendentes de 2010”, menciona.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara, se a situação não for resolvida via Secretaria do Desenvolvimento Regional de Canoinhas, ele vai até a capital do Estado buscar respostas junto a equipe do governador Raimundo Colombo.