Após ouvir estudantes, vereadores cobram construção de ginásio no Colégio Júlia Zaniolo
A neve registrada em Canoinhas em 2013 teve destaque nacional e entre moradores da cidade. Porém, apesar da euforia por conta do episódio climático raro na região, a nevasca deixou consequências. E uma delas ainda é observada na quadra de esportes do Colégio Estadual Júlia Baleoli Zaniolo, que apresenta sérios problemas de infraestrutura.
De 2013 até agora foram enviados pela comunidade escolar doze ofícios às autoridades estaduais, porém, nenhum dos pedidos de reconstrução passaram de promessas – se é que chegaram a isso, já que muitos foram apenas ignorados. Por isso, a aluna Ana Carolina Ville, do Grêmio Estudantil do Colégio, fez uso da Tribuna Livre nesta segunda-feira (24), e expôs aos vereadores e à comunidade os anseios e angústias pelos quais passam os 680 alunos e 52 funcionários do Júlia Zaniolo. Ela remontou ao artigo 205 da Constituição Federal, que garante educação a todos, e atentou que isso não envolve apenas o empenho dos professores, mas estrutura e espaço físico adequados. “Nesse sentido, a escola sente-se desamparada pela falta de um ginásio onde as aulas de educação física possam ser realizadas com qualidade e segurança”, desabafou. Um vídeo foi exposto na sessão, cujo conteúdo expôs as condições precárias e perigosas com que os estudantes convivem. De acordo com Ana Carolina, em menos de uma semana, três alunos sofreram fraturas.
Como a imprensa tem disseminado a informação de que o secretário executivo da ADR Canoinhas, Aloísio Salvatti, e o deputado estadual Antonio Aguiar (PMDB) anunciaram a construção de um novo ginásio para o Colégio, os edis aprovaram requerimento solicitando a estas autoridades o valor da obra e por qual recurso é disponibilizado, informações sobre o processo de licitação, e prazo para o início e conclusão. Porém, de acordo com o vereador Paulo Glinski (PSD) é preciso prestar atenção para que esse anúncio não desmobilize a comunidade escolar, que deve continuar lutando até que as obras de fato saiam do papel.
Os edis lamentaram a situação precária a que os alunos são expostos. Segundo o presidente, vereador Wilmar Sudoski (PSD), é preciso que seja melhorado o mais breve possível esse cenário, “o que dará condições aos alunos e profissionais que lá trabalham.” Camila Lima (PMDB) parabenizou a luta dos alunos e pediu que eles nunca deixem de buscar direitos. “E se depender da Câmara, vocês terão o total apoio”, garantiu. Já Paulinho Basílio (PMDB) pontuou a importância de Ana Carolina ter relatado os ofícios redigidos e garantiu que, “em se tratando da defesa do cidadão, esta Casa abaixa suas bandeiras partidárias e levanta a bandeira do cidadão.” Coronel Mário Erzinger (PR) lamentou a maneira como o poder público trata as prioridades. Ele contou que encontrou um anúncio de quase R$ 90 milhões do governo do Estado à construção de um centro de eventos em Balneário Camboriú justamente quando o Colégio Júlia Zaniolo esperava por uma quantia (bem menor) para construir sua quadra. “Para mim, criança e adolescente são prioridade. Educação sempre foi prioridade”, declarou.
A vereadora Zenici Dreher (PR) lembrou da importância de o grupo não parar de lutar “até que a obra aconteça de fato”, pressionando o Executivo, que, de acordo com ela, é o responsável pela obra. Paulo Glinski sugeriu que a Câmara auxilie no monitoramento dos próximos passos e destacou a importância de que se anexe nos documentos que serão enviados os requerimentos aprovados em anos anteriores nesta Casa, para ressaltar a importância que a obra tem para a cidadania, a educação e a dignidade dos alunos.
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