Arad passa por dificuldades financeiras, diz presidente
A Associação de Recuperação e Prevenção ao Alcoolismo e Outras Drogas (Arad) passa por uma série de dificuldades financeiras e está prestes a fechar as portas. A informação partiu do próprio presidente da associação, Conrado Cesar Dransfeld, durante pronunciamento na tribuna livre da Câmara, na noite de segunda-feira, 10. “Estamos encontrando problemas para manter a casa em funcionamento”, frisou.
A situação, que já era preocupante, se tornou ainda mais crítica depois que expirou o convênio que a entidade mantinha com a prefeitura. “Desde julho estamos sem receber os recursos e nos mantendo através de doações de pessoas”, comentou o presidente.
De acordo com Dransfeld, a clínica Caminho do Sol realiza um trabalho de excelência na recuperação dos dependentes químicos e do álcool e possui uma das melhores estruturas do estado de Santa Catarina. “Temos 32 leitos, porém, nunca atendemos mais do que dez internos devido esta instabilidade financeira. Nunca pudemos trabalhar planejando, mas sim, pensando apenas em manter o que já existe”, ressaltou.
Prestes a completar seu sexto aniversário em 12 de setembro, a clínica está situada no Alto da Pedra Branca, a seis quilômetros do centro de Canoinhas. O local disponibiliza psicólogo, assistente social e monitores e nele os internos participam de terapia espiritual e ocupacional e ainda de atividades físicas.
Emenda no valor de R$ 30 mil, proposta no orçamento, pelo vereador presidente Paulo Glinski (PSD), promete dar um fôlego à associação a partir de 2013. “Devido ao processo eleitoral, o convênio com o executivo não pode ser renovado. Isso só será possível no próximo ano. Por isso, se faz necessário que a sociedade civil organizada dê esta retaguarda até dezembro para que a Arad não feche suas portas”, disse Glinski.
João Grein (PT) disse que grande parte das entidades filantrópicas encontra dificuldade para manter as portas abertas e cobrou maior engajamento das esferas governamentais. “Muitas dessas associações e entidades se mantém graças à solidariedade do povo. Por isso que o Estado precisa se fazer mais presente”, destacou.
Vereador Célio Galeski (PSD) cobrou a ampliação do convênio entre o executivo e a associação a fim de que os internos locais sejam tratados no próprio município. “Como motorista da Saúde já encaminhei pessoas para clínicas até de outros estados. Porém, pela estrutura que temos aqui e também pela proximidade com que internos teriam com as famílias, creio que a recuperação seria mais bem sucedida”, completou.