Câmara aguarda projeto de lei que prevê legalização fundiária do “Serrajão”
A Câmara Municipal de Canoinhas está no aguardo do projeto de lei, de origem do executivo, que prevê a legalização fundiária do “Serrajão”. O assunto voltou a ser debatido pelos vereadores durante a sessão ordinária de segunda-feira (05), após Wilson Pereira (PMDB) e Célio Galeski (PSD) apresentarem indicação solicitando que o governo municipal dê agilidade ao processo de regularização de todos os imóveis cedidos à Indústria e Comércio Irmãos Zugmann, em meados da década de 60.
Os vereadores justificaram a cobrança dizendo que além das pessoas que residem no “Serrajão”, moradores de outras três áreas - pertencentes à mesma empresa – também aguardam pela regularização. “São mais de 50 famílias que esperam ansiosas por esta decisão. Elas querem se tornar reais proprietárias dos imóveis, contarem com endereço e receberem nos seus nomes, por exemplo, faturas de água e luz”, afirma Pereira.
Informações dos vereadores dão conta que a prefeitura vem mantendo contato com a direção da empresa. Existe a possibilidade de permuta entre um terreno pertencente ao município em troca das quatro áreas. Vereador João Grein (PT) deseja boa sorte ao pleito dos vereadores, mas disse não acreditar numa solução imediata. “Em 2009, aqui mesmo na Câmara, consegui reunir os moradores e representantes do poder público municipal. Levantamos essa bandeira, porém, o governo do município não deu continuidade a esse processo”, lembra.
Tarciso de Lima (PP) disse que um grupo de moradores já deu entrada nos papeis visando fazer o uso capião dos imóveis. “Porém, como houve a promessa do prefeito em legalizar essas áreas, lhes convenci a esperarem mais um pouco”, frisa. Presidente da Câmara, vereador Paulo Glinski (PSD), afirma que esteve participando de encontros com a direção da Lavrasul (antiga Indústria e Comércio Irmãos Zugmann) e que existe interesse da empresa em cooperar com a regularização dos imóveis. “A empresa demonstrou ter boa vontade. Assim que o executivo fizer o acerto com a empresa é só nos encaminhar o projeto de lei que nós aprovaremos”, conclui.