Câmara Municipal encaminhará moção de apoio aos fumicultores
Os problemas relacionados à comercialização do fumo plantado na região ocasionaram debates e despertaram a solidariedade dos vereadores de Canoinhas, na sessão ordinária de terça-feira, 15. Moção de apoio e de respeito aos agricultores será endereçada aos sindicatos, secretarias municipal e de estado da Agricultura e às empresas fumageiras.
O município de Canoinhas é um dos maiores produtores de fumo do sul do país e sua produção, somente em 2010, injetou na economia local cerca de R$ 60 milhões. Há dias os agricultores buscam um entendimento com as fumageiras, mas, até o momento, não obtiveram êxito. Eles reivindicam classificação e preços justos para a comercialização do fumo.
Vereador João Grein (PT), que preside o Sindicato da Agricultura Familiar comprou a briga dos fumicultores e disse ser injusto o preço oferecido pelas empresas. “Estão desvalorizando a qualidade do produto para pagarem menos. As perdas chegam a R$ 1,50 por quilo, isso comparado com o que ofereciam na safra anterior. Se continuarem avaliando por baixo serão R$ 30 milhões a menos na economia do município”, afirmou.
Na manhã de terça-feira, Grein liderou um “tratoraço” pelas principais ruas de Canoinhas. A mobilização partiu da localidade do Salto d’Água Verde, percorreu bairros e fez duas paradas: uma em frente a Phillip Morris e outra ao lado da empresa Aliance One. Mais de 30 tratores e 100 fumicultores participaram do movimento. “Queríamos chamar atenção e tentar um diálogo. Mas as empresas não nos receberam e nem deixaram apresentarmos nossa carta de reivindicações”, relatou Grein.
Vereadores Beto Passos (PT) e Célio Galeski (DEM) também acompanharam a mobilização. Passos destacou a maneira ordeira e democrática pela qual o movimento foi conduzido. “São pessoas de bem, trabalhadoras e que buscam a valorização dos seus esforços através do diálogo. Afinal, elas têm famílias para sustentar e compromissos financeiros a cumprir como financiamentos de tratores, maquinários e insumos agrícolas”, completou.
Galeski, que é natural da localidade de Barra Mansa e possui familiares que trabalham na cultura do fumo, demonstrou preocupação com a situação atual. Segundo ele, a desvalorização do dólar, a redução das exportações e o aumento da safra 2011 colaboraram para crise. “Os galpões estão cheios de fumo e a desvalorização do produto assusta. Isso vai influenciar negativamente no comércio e indústria locais. Todos saem perdendo”, falou.
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