Canoinhense faz apelo por saúde de criança que corre risco de morrer

por admin última modificação 08/03/2018 21h02
Moisés Gonçalves contou a história do menino Davi e vereadores garantiram auxílio

Nesta terça-feira (4), o canoinhense Moisés Gonçalves veio à Câmara de Vereadores para fazer um apelo por uma família que está desesperada. Ele utilizou a Tribuna para pedir pela saúde do menino Davi, de apenas dois anos. De acordo com Gonçalves, a criança apresenta um grave quadro de saúde, composto por adenoide, estenose e sopro inocente, precisando de consulta médica e posterior cirurgia. A súplica foi feita de maneira emocionada, no sentido de se encontrar uma forma de custear estas duas etapas, já que, segundo ele, a família vendeu o carro para pagar uma consulta, mas agora não tem mais de onde arrecadar verba. “Não custa milhões uma consulta com um otorrino. A cirurgia também não deve custar tão caro. Quero ver se vocês conseguem assumir o compromisso comigo de dar uma força para essa mãe”, solicitou. Outro ponto para o qual o canoinhense pediu atenção foi a ordem de atendimento, pedindo que sejam dadas prioridades para casos mais graves.

Logo após, o presidente da Casa, vereador Wilmar Sudoski (PSD), lembrou que saúde é o bem mais precioso e que precisa ser valorizada, premissa que, segundo ele, vem sendo seguida nesta gestão. O edil garantiu que a família pode contar com a Câmara. Na sequência, Telma Bley (PMDB), que ficou responsável pela Secretaria Municipal de Saúde durante anos, questionou com relação à destinação dos recursos ao Hospital Santa Cruz de Canoinhas aos exames radiológicos. Zenici Dreher (PR), que é assistente social e atua na pasta, explicou que os recursos estão sendo utilizados para zerar a fila dos tomógrafos, o que a vereadora do PMDB posteriormente pediu para que seja revisto, já que, segundo Telma, “a tomografia é o que menos tem consultas represadas.” Na continuidade de sua explanação, Zenici afirmou que criança tem prioridade absoluta no atendimento e que a família pode procurá-la para que tenha uma solução. A vereadora ainda explicou que geralmente os encaminhamentos pediátricos vão para o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, que é estadual e disponibiliza cotas reduzidas pelo SUS. De acordo com ela, o processo é moroso, mas há a possibilidade de que seja realizada a transferência através da urgência e emergência, que é solicitada pelo próprio médico. A assistente social também lembrou que o repasse de R$1 milhão para o HSCC ainda serviu para a compra de medicamentos, cujo estoque estava zerado, e concordou com Moisés que deve ser realizada uma classificação de risco, mas que, no momento, não há profissionais capacitados para trabalharem com esta questão.

O edil Paulo Glinski (PSD) também se colocou à disposição para verificar a situação do menino Davi. Ele lembrou que não é possível que o montante de R$1 milhão seja destinado apenas a exames, já que há outras defasagens, mas que parte dele pode ter sim este fim. Enfatizou também que diversos municípios próximos de Canoinhas utilizam os serviços do HSCC sem colaborar com a instituição e garantiu que a Câmara irá trabalhar fortemente para que os problemas ligados à saúde sejam sanados.

Norma Pereira (PSDB), por sua vez, ressaltou que os repasses aprovados ao Hospital são exclusivamente para o sobreaviso médico, ficando inviável, portanto, transformar tudo em exame. Ela disse que se fosse destinado ao custeio, a instituição seria referência nacional.

 Até mesmo uma sugestão de arrecadar dinheiro dos próprios edis para pagar uma consulta e uma rifa ou bingo para custear a cirurgia foi dada na Sessão. Ela partiu do vereador Paulinho Basílio (PMDB), que se comoveu com o caso. Camila Lima (PMDB) disse entender Paulinho e destacou que “nossa vontade é fazer com as próprias mãos.” Porém, Zenici Dreher disse que se compromete que todo o processo ocorra através do poder público, já que uma consulta particular dificultaria encaminhamentos futuros.

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