Chefe da CASAN de Canoinhas esclarece dúvidas de vereadores durante Sessão
Chefe da CASAN de Canoinhas esclarece dúvidas de vereadores durante Sessão
Cléber Pereira da Costa, Chefe da Agência da Casan/Canoinhas, fez uso da Tribuna Livre durante a Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Canoinhas na última terça feira (18). Costa veio até a casa de leis motivado por alguns requerimentos (ofícios) que os vereadores encaminharam pedindo esclarecimentos como, redução dos valores cobrados pelo esgoto sanitário, ar em canos, vandalismo na caixa d' água no Residencial Nossa Senhora Aparecida, falta de água em alguns bairros, investimentos em nossa cidade e outros.
Ao iniciar sua fala o chefe da agência, agradeceu o convite, destacou que é importante responder presencialmente os questionamentos dos vereadores, trazer boas notícias e o andamentos dos trabalhos.
ð Reservatórios do Residencial Nossa Senhora Aparecida: Relatou que possuímos oito deles com capacidade para 20 m³, totalizando 160m³, houve a denúncia de vandalismo, tampas abertas. Informação essa não confirmada por nossa equipe da Casan, levando em conta que os lacres estão intactos em torno das bordas. Foi encaminhado um ofício à Casan para que efetuasse melhorias na cerca em torno das caixas, problema este que foi solucionado no começo de abril deste ano. Porém no final do mesmo mês, o portão de acesso foi furtado e a tela foi vítima de vandalismo.
ð Modelo Tarifário: Aresc realizou uma consulta pública de um novo modelo tarifário, que abandona o conceito de consumo mínimo (10m³), levando em conta que em Canoinhas em média 50% dos consumidores não atinge o consumo mínimo. Este modelo tarifário foi proposto pela Casan à Aresc, e está sendo analisado e deverá ser seguido pela agência reguladora.
- As tarifas tem de assegurar o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos. A Casan como empresa, não pode ser deficitária na questão arrecadação, levando em consideração investimentos futuros, pagamentos de despesas correntes o único meio de arrecadação é com base nas tarifas,
- No novo modelo tarifário, a implementação da TFDI (Taxa Fixa de Disponibilização de Infraestrutura) seria efetuada com volume variável. Então paga-se a Taxa Fixa + o valor consumido, não levando em consideração consumo mínimo, sendo assim, caso não haja consumo, paga-se apenas a TFDI.
ð Presença do ar na tubulação e ventosas: A água é composta também por oxigênio, então é inerente ao processo. Em casos de desabastecimentos ou até rompimento da rede, ocorre a formação de bolsas de ar na tubulação. As ventosas são dispositivos que devem ser instaladas nestes pontos para expurgar o ar contido na tubulação. Cleber afirma que segundo estudos realizados desde os anos 90, o ar que passa pelo hidrômetro não interfere de maneira significativa na fatura, pois o hidrômetro funciona com o mecanismo velocimétrico. Todo ar que passa pelo hidrômetro em direção à residência é anulado pelo ar que entra pela boia da caixa-d’água que se direciona à rede de abastecimento.
- Em torno de mil residências em nossa região poderão solicitar a instalação de ventosas, que são dispositivos que diminuem a pressão em pontos críticos da instalação, auxiliando na prevenção de rompimento de rede e melhorar a vasão da tubulação.
- A opção de supressores de ar que muitas vezes parecem uma boa alternativa, tem muito mais riscos do que supostos benefícios. Além de não ser aprovado pelo INMETRO, não tem eficiência e não conseguem atingir o que prometem. Órgãos como o Poder Judiciário do Paraná, INMETRO, FUNASA, Ministério Público de Santa Catarina e Universidades Federais, já se posicionaram contra a instalação do produto supostamente “milagroso”.
- Cleber em sua fala pontou sobre projeto de lei para modificar a questão da taxa tarifária, citou a cidade de Concordia que passou pela câmara o projeto, porém vetado pelo prefeito, pelo fator de não dispor da certificação IMMETRO.
ð Trocas de hidrômetros: Alguns serão substituídos em nossa cidade, havendo mais de mil programados, o equipamento com o tempo sofre desgastes, com isso marcando menos do que realmente é consumido. “(...) não reflete exatamente que está passando pela tubulação. Assim, estamos promovendo a renovação do parque de hidrômetros, para corrigir a reclamação que está sendo feita. (...). Cleber afirma ainda que haverá reclamações posteriores a troca de hidrômetros, pois os consumidores que estavam consumindo menos do que os hidrômetros costumavam marcar, serão cobrados justamente pelo consumo real avaliado.
ð Investimentos: Está sendo elaborada a documentação técnica para uma construção de uma ETA compacta para auxiliar a que já está em funcionamento, resultando em um aumento na capacidade e qualidade da produção de água potável. Além disso atualmente encontra-se um déficit em reservatórios, questões de topologia dos reservatórios acabando deixando alguns trabalhando no limite. Outro projeto que é de um segundo reservatório em Marcilio Dias.
Telma Bley Telma, em sua fala apontou que os ofícios, solicitações que foram encaminhados à gerência da Casan não foram coisas infundadas. “(...)problemas temos, mas juntos iremos melhorar e solucionar as falhas.”, afirmou. Vereadora já está preocupada quanto ao valor que vai subir após a substituição dos hidrômetros, e o saneamento básico vai ser ampliado, questionou. “Nossos clientes vão pagar pelo real a partir dessa troca, depende o quanto eles consomem”, a cobertura atual do esgoto sanitário, tenho orgulho de falar que é a melhor do estado, índice de eficiência superior a 90% enquanto normativas exigem 40%, extremamente eficiente a equipe técnica, hoje Canoinhas tem uma cobertura de 15.4% das ligações de água e esgoto. Próximas etapas iremos discutir na capital nos próximos dias.
Coronel Mario salientou os papéis principais da casa legislativa: legislar, fiscalizar, indicar requerer e pedir. Mario ainda demonstrou sua preocupação quanto a captação de água em nossa cidade nos períodos de estiagem, concluiu falando do projeto que obriga casas novas a terem suas cisternas para captação da água da chuva.
Paulo Glinski comentou sobre as questões das tarifas/taxas solicitando que seja discutido mais vezes na Câmara, para poder responder melhor aos cidadãos e revisar alguns conceitos. A ARIS (Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento), tem mecanismo para fazer esse estudo para redução ou não. “(...)Há tempos quase foi municipalizado a água em nossa cidade, pelo histórico de falta do tratamento do esgoto, mas foi visto o investimento que a Casan iria aplicar então permanecemos com a prestação do serviço”, concluiu.
Célio Galeski finalizou falando sobre os custos que a empresa tem com o tratamento do esgoto, o motivo do requerimento é saber se em Canoinhas é possível a redução dessa taxa.
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