Delegado regional descarta subdelegacia no Campo D’Água Verde
Até que haja um aumento real do efetivo existente na 22ª Delegacia Regional de Canoinhas, está descartada a criação da subdelegacia do distrito do Campo D’Água Verde. A informação partiu do delegado regional Wágner Valdivino Meirelles que, a convite dos vereadores canoinhenses, ocupou a tribuna da Câmara na sessão ordinária de terça-feira, 10, para relatar informações sobre a estrutura e ações da Policia Civil na região.
Mesmo considerando justo o pedido da comunidade e também dos vereadores, o delegado regional disse que, neste momento, é inviável ampliação dos atendimentos já existentes. “É um compromisso social muito caro, até porque teríamos de oferecer um serviço de qualidade à população”, afirmou. Além da descentralização dos atendimentos, a nova estrutura teria que contar com delegado, escrivão e um agente de policia.
Há pouco mais de um mês, vereadores Renato Pike (PR) e Wilmar Sudoski (PSD) haviam encaminhado requerimento à 22ª Delegacia Regional, solicitando a permanência fixa de um policial e de uma viatura na base da Polícia Civil, que funciona na Casa da Cidadania Neuzildo Borba Fernandes. Pedido semelhante havia sido feito pelo presidente do Conselho de Comunitário de Segurança (Consecamp), Osmar Negosek.
Como forma de auxiliar a comunidade nos atendimentos iniciais, o delegado irá designar um policial civil para supervisionar e orientar o estagiário disponibilizado pelo Consecamp. Desta forma, a base atual passa a se chamar posto de atendimento da Policia Civil, atuando apenas com o registro simples de ocorrências, como perdas e extravio de documentos, atendimento de acidentes de trânsito sem vitimas, bem como, no agendamento de hora com o investigador da Delegacia de Policia Civil da Comarca.
Conforme Meirelles, essa nova nomenclatura reflete a realidade dos atendimentos que serão oferecidos, impedindo que a população tenha a falsa ideia de que o local funciona como subdelegacia, contendo corpo de policiais prontos para atender as ocorrências de maior complexidade.
Estrutura
A 22ª Delegacia Regional de Canoinhas é composta por sete unidades de atendimento, onde atuam 32 policiais civis, dos quais três são delegados, 26 são agentes e outros três escrivães. Desse total, cinco profissionais estão ausentes da atividade policial em razão de férias, licença ou tratamento de saúde.
Segundo o delegado, dos 27 policiais em atividade, pelo menos 13 já possuem os requisitos legais para se aposentarem por tempo de serviço. “Nós dependemos do trabalho deles (policiais). Mas isso pode acontecer a qualquer momento, não tem como evitarmos”, lamentou.
Existe a esperança, no entanto, que essa demanda seja suprida pelos policiais aprovados no concurso público que está sendo promovido pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. São 66 vagas para delegado e 340 para agente de polícia. “Mas vale lembrar que a formação inicia este ano, mas a efetiva contratação só acontecerá a partir do próximo ano”, informou.
Atualmente, a Delegacia Regional e o Ciretran são compostos por um delegado, que também responde pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), um escrivão e quatro agentes. A Delegacia de Polícia Civil da Comarca conta com um delegado de policia, que também responde pelas delegacias de Três Barras, Major Vieira e Bela Vista do Toldo e mais 10 agentes. Outros quatro agentes de polícia integram a DIC.
Um agente de policia e um escrivão compõem o quadro de pessoal da Delegacia de Três Barras; três agentes a Delegacia de Major Vieira; um agente de policia a Delegacia de Bela Vista do Toldo e um delegado, um escrivão e dois agentes o efetivo da Delegacia de Proteção a Criança, Adolescentes, Mulher e Idoso.
Funções e procedimentos
Além das atividades administrativas e investigativas de rotina, também compete aos policiais civis participarem das escalas de plantão da Delegacia de Policia Civil da Comarca. As escalas funcionam fora do período de expediente, sendo que a carga horária mensal não pode ultrapassar o limite de 40 horas/extras. “Se isso ocorrer, o Estado precisa pagar o horário excedente ou, então, haver uma compensação de horas pelo policial”, explicou o delegado.
Em 2013, a Delegacia da Comarca movimentou 1.037 procedimentos e registrou 7.084 boletins de ocorrência. De acordo com Meirelles, nesses números não estão computadas os atendimentos internos de expediente, diligências de intimação e notificação, processos administrativos de trânsito como suspensão e cassação da carteira nacional de habilitação (CNH), avaliações de habilitação veicular, expedições de alvarás, vistorias veicular e orientações e atendimento ao público.
Parceria
Atuando no município há menos de um mês e pela segunda vez visitando o poder legislativo, o novo delegado regional reforçou aquilo que vem falando na imprensa: que pretende trabalhar em conjunto com os diversos órgãos da sociedade, independente de serem públicos ou privados.
Meirelles disse ainda que a Policia Civil não age com truculência, ma sim de acordo com as normativas previstas pela Constituição Federal e, que sua gestão a frente da 22ª Delegacia Regional será marcada pelo respeito aos direitos humanos e pela excelência no atendimento ao público. “Em todo lugar que passei, tive como meta fazer a diferença”, acrescentou.
Logo que chegou ao município, vindo de Maravilha no Oeste catarinense, o delegado esteve visitando a Câmara, sendo recebido naquela ocasião pelo presidente, Neno Pangratz (PP) e pelos vereadores Renato Pike (PR) e Wilmar Sudoski (PSD).
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