Fumicultores participam de sessão ordinária, falam de projeto estadual e pedem apoio aos vereadores
Fumicultores participam de sessão ordinária, falam de projeto estadual e pedem apoio aos vereadores
Os fumicultores Gildo Stocker representando a cultura do fumo do Salto d' Água Verde e Geovane Glevinski representando a cultura do fumo de Serra das Mortes participaram da 32ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Canoinhas e falaram na Tribuna. Comentaram sobre alguns números da produção na nossa região, apontaram os desafios do cultivo, os obstáculos enfrentados e a importância para renda de muitas famílias.
Gildo Stocker iniciou as falas lembrando alguns números que vem do Agro, que a cultura do fumo em nosso município envolve 2.560 famílias, uma média de quatro pessoas por famílias, cerca de mais de 10 mil pessoas, e muitas delas produzem outras culturas juntas. “Produzimos de tudo”, disse.
Stocker lembrou ainda da área de plantio de fumo em 2022/2023. “Tínhamos uma média de 6.500 hectares, arrecadando em torno de R$ 156 milhões esse dinheiro girou dentro da nossa cidade, essa renda ficou aqui. Não é fácil trabalhar com fumo, tem anos bons, anos ruins”, disse em tom de desabafo. Falou também das ajudas que muitos outros recebem: “A prefeitura ajuda em terraplanagem etc, mas e o plantador de fumo, queremos o básico, estradas boas, ruas com condições”, desabafou mais uma vez. Aproveitou para falar do projeto de empréstimo dos R$ 30 milhões que veio para essa Casa.
Geovane Glevinski ao falar lembrou do projeto que dispõe sobre a classificação do tabaco nas propriedades dos agricultores produtores de fumo no âmbito do Estado de Santa Catarina. O projeto de lei propõe uma mudança no sistema de classificação das folhas de fumo. Hoje, as empresas que comercializam o tabaco fazem a classificação pela qualidade e fixam o preço da produção após receberem o produto. A matéria prevê que, se o produtor rural solicitar, a classificação deve ser feita na propriedade dando a chance ao agricultor de procurar outro comprador caso não concorde com o preço definido.
Glevinski lembrou da audiência pública em Irineópolis realizada pelo deputado Sargento Lima que reuniu toda a região. Pediu para que os vereadores pudessem fazer uma moção de apoio ao projeto, e além disso solicitar aos respectivos deputados para que somem com todos os fumicultores para aprovação. Encerrando pediu mais atenção para as estradas de todo nosso interior: “somos agricultores, produzimos de tudo e não destruímos a natureza como é citado em uma campanha do atual Governo Federal, bem pelo contrário tem muitas áreas preservadas graças a tabaco”, desabafou.
Conforme Sargento Lima, hoje, o produtor entrega o fumo e fica distante da indústria ou da empresa que comercializa, onde é feita a classificação. Quando ele recebe o relatório com o preço fixado não tem margem para buscar um novo comprador, caso não concorde com o valor.
Santa Catarina é responsável entre 20% a 31% da produção nacional de fumo. São 55 mil famílias que trabalham na produção de fumo. A Região Sul do país concentra 97% da produção brasileira.
“O produtor de tabaco trabalha o ano todo para garantir a lavoura, fez investimentos e corre os riscos inerentes à agricultura. Porém, é a parte mais fraca na cadeia produtiva”, enfatiza Sargento Lima.
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