Infraestrutura lidera a lista de reivindicações do distrito do Campo da Água Verde
Um público formado, na sua maioria, por líderes comunitários acompanhou a última sessão itinerante da Câmara Municipal de Vereadores no ano de 2011. A reunião aconteceu na noite de terça-feira (22), no pavilhão da Igreja São Francisco, e contou com a presença de representantes de associações e moradores das localidades que integram o distrito do Campo da Água Verde. A infraestrutura liderou a lista de reivindicações apresentada aos vereadores.
Morador do bairro Campo da Água Verde há mais de 35 anos, o líder comunitário Antonio Dair Corrêa, (o Toninho) representou a Associação de Moradores do Conjunto Habitacional Menino Deus e elencou uma série de prioridades para a comunidade local.
Ele fez duras críticas a falta de políticas públicas que objetivem o fechamento das valas com esgoto a céu aberto e pediu um posicionamento da prefeitura. “Já cansei de procurar o setor de Obras e não ser atendido. Temos um problema sério com o esgoto que corre a céu aberto e não nos fornecem os tubos e muito menos uma solução. O correto seria passar todo o encanamento que hoje fica dentro dos pátios para a rua. Do jeito que está não tem como ficar, é questão de saúde pública”, desabafou.
Corrêa pleiteou ainda a ampliação para até as 24 horas o atendimento na Policlínica Municipal que fica no bairro; a criação de uma praça pública com área de lazer, brinquedos para as crianças e quadras poliesportivas para os jovens e adultos; e também a implantação de uma intendência com pelo menos uma patrola e dois caminhões caçambas para atender as ruas do bairro.
O presidente da Associação de Moradores do Campo da Água Verde (Amcav), Adinor Ferreira da Silva pediu uma atenção especial para as ruas do bairro. Ele cobrou asfalto e calçamento para diversas vias, mas lembrou, como essenciais nesse momento, a pavimentação das ruas Otávio Tabalipa e Alvino Voigt.
A exemplo do representante do Menino Deus, Silva também cobrou mais empenho da municipalidade para que apresente uma solução para o esgoto que corre a céu aberto; pediu que os vereadores buscassem, junto a empresa que realiza o transporte coletivo, a ampliação das linhas do ônibus pelo bairro; solicitou a ajuda para que os catadores de recicláveis consigam se organizar e fazer da reciclagem a sua profissão e ainda pleiteou ajuda para as entidades que estão fixadas no distrito.
Segundo Silva, “Temos diversas entidades que não possuem o título de filantropia, mas exercem um trabalho social de destaque e sem fins lucrativos. A Amcav é um exemplo disso: possui clube de mães, fanfarra e realiza diversas atividades comunitárias. Mas, a falta do título nos impende de recebermos subvenções. Gostaríamos que o poder legislativo nos auxiliasse no sentido de buscarmos a filantropia, assim, como as demais entidades presentes no distrito”, finalizou.
O agricultor Bernardino Zakaluzne, presidente da Associação de Moradores da localidade de Arroios também fez uso da palavra e citou algumas prioridades para a sua região, que também pertence ao distrito. Ele pediu um aterro de aproximadamente 50 metros na estrada que liga a SC – 477 até a localidade de Arroios, a troca de uma ponte de madeira da comunidade por outra de concreto e o conserto de uma série de bueiros que estão entupidos e ocasionando o alagamento das estradas nos dias de chuva.
O vereador presidente Beto Passos (PT) analisou como positivas todas as sessões itinerantes realizadas durante o ano. “Foi uma maneira de aproximarmos os trabalhos legislativos da comunidade e fazermos com que as pessoas pudessem acompanhar de perto o trabalho do seu vereador. Tivemos a participação dos moradores em todos os encontros e isso nos incentivou a continuar lutando pelas causas coletivas”, afirmou.
Assim como ocorreu nas sessões anteriores, a Câmara Municipal irá confeccionar um documento elencando todas as prioridades do distrito do Campo da Água Verde e encaminhá-lo ao prefeito municipal Leoberto Weinert.