João Grein quer local que abrigue feira dos agricultores e artesãos
Um local público onde os agricultores familiares e os artesãos do município possam expor e comercializar os seus produtos foi o que pediu, por meio de indicação, o vereador João Grein (PT), durante a sessão ordinária de terça-feira (08). Segundo ele, há mais de dez anos os feirantes da Agrupar (Associação dos Grupos de Agricultores Familiares) são obrigados a vender verduras, legumes e produtos caseiros e coloniais num espaço improvisado na Travessa Antonio Burgadt, que fica ao lado da praça Osvaldo de Oliveira.
O vereador está solicitando que a Secretaria do Desenvolvimento Regional de Canoinhas e a prefeitura do município viabilizem estudos para a construção de um local destinado exclusivamente aos feirantes. “Teria que ser numa área central da cidade, com cobertura, água, banheiro e energia elétrica. Um local onde todos pudessem vender os seus produtos de forma livre e segura”, explicou.
Outra reivindicação de Grein diz respeito a construção de um abatedouro municipal. A alternativa, segundo ele, é para viabilizar legalmente o abate de animais e a comercialização de carnes pelos pequenos produtores. O vereador lembrou, que há duas semanas, produtos de origem animal e que estavam sendo vendidos pelos feirantes da Agrupar foram apreendidos por fiscais da Vigilância Sanitária e da Cidasc. “Aqui em Santa Catarina os pequenos agricultores são tratados como bandidos. Pessoas que trabalham para sobreviver tiveram prejuízo de mais de R$ 1.500,00 com a apreensão de seus produtos”, afirmou.
Ainda de acordo com Grein, a culpa não está nos fiscais que realizaram a apreensão, mas sim, na legislação estadual que beneficia apenas as grandes agroindústrias. “Eles cumpriram determinações. A culpa está na legislação vigente que penaliza exclusivamente os pequenos produtores”, comentou.
O vereador propôs também que o município interceda junto as demais prefeituras da região para que se crie um consórcio para a operacionalização do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa). “Esse consórcio facilitaria a inspeção e, com isso, a legalização dos produtos das agroindústrias familiares”, concluiu.