Legislativo quer audiência pública para debater convênio entre município e a Casan
Vereador Paulo Glinski
A decisão sobre os destinos do abastecimento de água e da rede de tratamento do esgoto sanitário deve ter o aval da comunidade canoinhense. Essa é afirmação dos vereadores Beto Passos (PT) e Paulo Glinski (DEM) que propuseram a realização de uma audiência pública para debater a possível celebração de convênio entre o município de Canoinhas e a Casan por um período de 30 anos.
Projeto de lei n.110/2011, de origem executiva, que trata do novo contrato, está desde a semana passada para a análise das comissões na Câmara de Vereadores. Para o presidente da Casa, Beto Passos, a decisão não pode ficar restrita apenas aos vereadores, mas sim, deve ser estendida à população do município que é a principal interessada na questão. “É um debate amplo e importante. Temos que entender que a decisão diz respeito ao futuro de Canoinhas para as próximas três décadas. É preciso avaliar o que já foi prometido e não foi cumprido e levar em consideração os novos itens propostos pela Casan nesse novo convênio”, ressaltou.
Vereador Paulo Glinski comunga da mesma opinião que seu colega de legislativo. Para ele, ao assumirem a responsabilidade sozinhos, os vereadores estariam dando um tiro no escuro. “Creio, que assim como eu, os demais vereadores não queiram ficar marcados pela aprovação de um projeto que possa, por ventura, não atender as necessidades da comunidade”, explicou o vereador que ainda completou dizendo que “nem a minuta, contendo todas as informações e especificações sobre o convênio, veio anexo ao projeto”.
Em seguida, vereador Alexey Sachweh (PPS) já adiantou que é contra o projeto. “Se em 38 anos a Casan não investiu aquilo que Canoinhas tem por direito, não será agora que isso irá ocorrer”, comentou.
O novo contrato prevê investimentos de R$ 70 milhões nos serviços públicos de abastecimento de água, esgoto sanitário e saneamento básico. De acordo com o projeto, a Casan fica também responsável por efetuar o pagamento do débito referente ao convênio de Gestão Compartilhada n. 050/2004. Os valores referentes a estes débitos seriam investidos no próprio sistema de água e esgoto