Legislativo quer informações sobre contratação de cobertura fotográfica para os eventos dos 100 anos
Motivado por denúncias trazidas pela imprensa local, o presidente do legislativo municipal, vereador Beto Passos (PT), apresentou requerimento que será encaminhado ainda esta semana ao secretário municipal de Administração e Finanças, Dalson Salomon. O documento, aprovado por unanimidade pelos demais vereadores, solicita informações e os motivos que levaram a prefeitura de Canoinhas a não realizar tomada de preços para a contratação de serviços fotográficos para os eventos comemorativos aos 100 anos do município.
Durante a sessão ordinária de terça-feira (06), o fotógrafo Edgard Moisés Gonçalves usou a tribuna livre da Câmara e questionou os critérios que fizeram com que o governo municipal não consultasse os demais profissionais da área. “Qual é a diferenciação e o conhecimento artístico que o fotógrafo contratado tem que os demais não possuem?”, indagou.
O questionamento do fotógrafo foi uma resposta a declaração do secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Juliano Seleme, na edição da última sexta-feira (02), ao jornal Correio do Norte. Seleme foi o responsável pela contratação de Joel Bojarski, que deverá fazer a cobertura fotográfica de todos os eventos festivos do município e produzir 800 arquivos digitais.
Segundo relatou o responsável pelo departamento de Licitações da prefeitura, Moacir Motter, também ao Correio do Norte, como o valor contratado está abaixo dos R$ 8 mil, não havia necessidade de consulta ou de abertura de processo licitatório. Bojarski foi contratado pelo valor de R$ 7,8 mil. “Os valores que seriam cobrados pelos excluídos do processo variavam entre R$ 700 a R$ 2 mil. Ou seja, muito aquém do que está sendo pago. Não tenho nada contra o profissional contratado, mas que isso causa espanto, isso causa”, finalizou Gonçalves.
Para o presidente do legislativo municipal, vereador Beto Passos (PT), as declarações de integrantes do governo na imprensa fizeram com que os fotógrafos fossem desprezados e desclassificados perante a sociedade em detrimento ao profissional contratado. Já o vereador Paulo Glinski (DEM) disse que a não realização de tomada de preços pode até ser legal, porém, fere os princípios da moralidade e da economicidade.