Moradores do Paranazinho clamam por solução para a falta de água
Períodos de seca têm ocasionado, nos últimos anos, transtornos às pessoas que residem na comunidade do Paranazinho, que fica a menos de 15 km do centro de Canoinhas. Apesar de grande parte das famílias possuírem poço no quintal de casa e da comunidade contar com três reservatórios, tem sido constante a falta de água para beber, tomar banho, lavar e até cozinhar. “Nossos poços estão praticamente secos. Temos as caixas (água), mas elas vivem vazias. Até um tempo atrás os bombeiros abasteciam, mas agora, a gente pede para que a prefeitura mande trazer água e não somos atendidos”, comentou um dos moradores.
A insegurança toma conta das cerca de 30 famílias radicadas na comunidade. Muitas dessas pessoas dizem estar cansadas de pedir providências, mas, mesmo assim, ainda clamam por solução. Durante sessões itinerantes da Câmara Municipal, realizadas em novembro do ano passado no bairro Campo da Água Verde e, no mês de março deste ano, no bairro Água Verde, o líder comunitário Bernardino Zakaluzne relatou o desespero dos moradores e, naquela oportunidade, também cobrou empenho do poder público municipal para que o problema fosse sanado.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Paulo Glinski (PSD) e os vereadores Beto Passos (PT) e Célio Galeski (PSD) foram até a comunidade para ouvir os moradores e conhecer in loco o problema. A visita foi solicitada pelas próprias famílias da comunidade.
O governo do Estado, segundo o vereador Célio Galeski, já garantiu os recursos necessários para custear a perfuração de um poço semi-artesiano nesta comunidade. No entanto, ele lembra que a obra só não saiu do papel devido a questões burocráticas da própria prefeitura.
A informação segue como base as declarações feitas pelo ex-secretário do Desenvolvimento Rural durante a sessão itinerante no bairro Água Verde. Naquela oportunidade, ele explicou que os recursos já estavam disponíveis, porém, restavam ainda os encaminhamentos legais de documentação e de readequação do projeto original que previa a perfuração de um poço artesiano.
O vereador Beto Passos disse que é preciso dar agilidade ao processo a fim de que os prazos de aplicação destes recursos não sejam perdidos. “Se existe o dinheiro e até o terreno para que o poço seja perfurado, então que esta obra seja realizada o quanto antes para que a população desta comunidade deixe de sofrer”, cobrou.
O terreno, citado pelo vereador, foi cedido por Narciso Ostrosky, um dos moradores mais antigos da comunidade. Há pelo menos dois anos, conforme explicou Ostrosky, existe a promessa de que o poço seja perfurado. “Eu já assinei duas vezes a autorização para a prefeitura. A última foi na semana passada e, agora, disseram que em 15 dias começam a perfurar o poço”, relatou.
Ao mesmo tempo em que aguarda pelo início da obra, o morador também demonstra desconfiança. “Na outra vez também prometeram, então, só acredito vendo com meus próprios olhos. Não podemos mais é ficar assim, sem água para nada”, ressaltou o morador.
Durante a visita na comunidade, os vereadores também puderam conhecer o local onde, em breve, o poder público municipal promete perfurar o poço.