Pacientes aguardam até cinco horas por consulta no PA

por admin última modificação 08/03/2018 21h24
Vereadores foram informados da situação ainda durante sessão da Câmara. Atendimento normalizou só com a presença dos edis e da imprensa

Depois de 3h40, a dona de casa Verenice Urbaneck, moradora do bairro Industrial I, conseguiu, na noite de segunda-feira (28), o atendimento médico para sua filha. A criança, de aproximadamente dois anos de idade, deu entrada no Pronto Atendimento Municipal por volta das 18h00 com suspeita de intoxicação alimentar. Aparentemente debilitada, nem o processo de triagem feita pela equipe de enfermagem, fez com que a menina tivesse atendimento prioritário.

Assim como ela, outras pessoas também passaram por situação semelhante neste mesmo dia. Moradora do bairro Campo da Água Verde, Ana Lucia da Silva foi até ao PA em busca de um diagnóstico e sugestão de remédio para dor na coluna. “Fiz cirurgia há pouco mais de seis meses e só quero um remédio que acalme esta minha dor. Não estou mais agüentando!”, relatou a mulher que estava no local desde as 17h00. Indignada, ela disse que tentou por duas vezes consultar no posto de saúde do seu bairro, mas, não conseguiu. “Lá tem três médicos, mas só oferecem 10 fichas por dia. Cheguei cinco horas da manhã nas duas vezes e, mesmo assim, não consegui. A solução foi vir até o PA”, reclamou a moradora que só foi atendida após as 22h00, cinco horas depois de dar entrada no local.

Douglas Richner, que reside na comunidade de Caraguatá, também buscou no PA o atendimento para seu filho que estava febril e gripado. “Estamos aqui desde as sete horas da noite e ainda não fomos atendidos. Mediquei o meu filho em casa e quem sabe quando chegar a nossa vez de consultar ele já esteja até melhor”, frisou o rapaz que acompanhou o filho no PA até as 22h15.

Pacientes que aguardavam atendimento desde o final da tarde ficaram revoltados com a demora. Muitos deles, inclusive, enviaram mensagens por celular comunicando a situação aos vereadores. Durante sessão da Câmara, vereador Beto Passos (PT) propôs que todos os edis fossem ao PA para ver o que de fato estava atrasando as consultas.

Nove dos dez vereadores acataram a idéia, foram ao local e presenciaram uma fila de espera com mais de 30 pessoas. Eles chegaram ao PA por volta das 21h00 e foram informados que dois médicos estavam de plantão. O atendimento só normalizou com a chegada dos vereadores e da imprensa que, anteriormente, acompanhava a sessão da Câmara.

Uma mulher, que não quis se identificar, relacionou o caos no PA às poucas consultas médicas oferecidas nas unidades de saúde dos bairros. “São 10 fichas por dia e isso não é suficiente para atender todos. Precisa aumentar os atendimentos diários para que desafogue o PA. Ou se faz isso, ou então, que coloquem mais médicos no Pronto Atendimento”, opinou a mulher, que antes de procurar o PA, havia buscado atendimento para a filha no posto de saúde do bairro Campo da Água Verde e não havia conseguido. A situação foi relatada à secretária municipal de Saúde, Telma Regina Bley. Vereadores prometem cobrar providências do governo municipal no sentido de diminuir as filas e melhorar o atendimento à população.

 

Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Vereadores de Canoinhas
Jornalista Rodrigo Melo – MTb/SC 01467 JP
Fones: 47 3622 3396/ 8805 5134