Pais de alunos e profissionais da Apae pedem retomada do tratamento da Equoterapia

por admin última modificação 08/03/2018 21h24
Número de pessoas atendidas com a terapia caiu de 20 para cinco; Mãe de paciente e fisioterapeuta ocuparam a tribuna da Câmara Municipal

Desde que foi reduzido para cinco o número de pessoas atendidas mensalmente por seções de Equoterapia, pais de alunos e profissionais da Apae de Canoinhas vêm buscando ajuda para que o tratamento volte a ser oferecido a pelo menos 20 crianças e jovens, a exemplo do que ocorria no ano anterior.  

Iniciada em 2013, por meio de projeto piloto, a terapia que utiliza cavalos e é trabalhada no município pela fisioterapeuta Camila Gonçalves Machado, vem servindo de tratamento complementar para pessoas com necessidades especiais como a síndrome de Down, paralisia cerebral, esclerose múltipla e outros.

Segundo a fisioterapeuta, o foco do tratamento está na reabilitação e os resultados são alentadores até o momento. “Obtivemos avanços na capacidade motora, psicológica, mental e autoestima desses pacientes”, comentou.

Durante explanação aos vereadores, na sessão ordinária de quarta-feira, 14, ela informou que os tratamentos neurológicos, por exemplo, só apresentam evolução a partir do momento em que não aconteçam interrupções. “Precisa ser contínuo, não pode acontecer num um mês e no outro não”, acrescentou.  

Afirmação semelhante foi dada por Lúcia Aparecida Soares de Lima, mãe de aluno beneficiado pela terapia desde o ano passado e que, na ocasião, falou em nome dos demais pais de pacientes e que estavam presentes na sessão. “Trouxe sim resultados positivos, pois nossos filhos apresentaram melhoras”, ressaltou na tribuna da Câmara, ao lembrar que o filho não precisou fazer uma cirurgia no quadril graças aos avanços proporcionados pelo tratamento.

Ao defender a importância da terapia, Lúcia ainda clamou pelo incremento do auxilio financeiro repassado pela prefeitura e solicitou a retomada do tratamento para as outras 15 pessoas. “Foi complicado perder tantos atendimentos, queremos fazer valer o direito dos nossos filhos, haja visto que eles (filhos) têm indicação profissional para realizar essas terapias”, enfatizou.

Custos

O tratamento de Equoterapia consiste na realização de uma seção por semana que dura em média 30 minutos. Nesse período, o paciente recebe de 1.800 a 2.000 estímulos na musculatura.

O custo para cada atendimento particular é de R$ 50,00, sendo que 40% desse valor é referente à manutenção do animal. O restante fica para as despesas com a profissional de fisioterapia e também com o guia. “São três envolvidos nesse processo e custa caro manter tudo isso”, relatou a fisioterapeuta.

No caso dos alunos encaminhados pela Apae, o valor fixado desde o ano passado cai pela metade. Os atendimentos são pagos na sua totalidade pelo consórcio intermunicipal Cisamurc, por meio de recursos disponibilizados pela prefeitura de Canoinhas, através da secretaria municipal de Saúde. Cada tratamento, ao mês, custa R$ 100,00 ao município.

As seções de terapia acontecem em um centro de reabilitação de propriedade da própria fisioterapeuta e que está situado a margem direita da BR-280, Canoinhas sentido a Mafra, nas proximidades da Floresta do Ibama.

Comprometimento

Vereadores se comprometeram em buscar junto ao governo municipal a retomada dos atendimentos que foram cancelados.

Paulo Glinski (PSD) propôs agendamento de reunião com o prefeito Beto Faria (PMDB) para cobrar dele uma posição oficial. “Para que possamos saber uma data para a retomada desses atendimentos e também para solicitar a inclusão de recursos no orçamento do município destinados especificamente para este fim”, afirmou.

Vereadora Cris Arrabar (PT) foi favorável a proposta do colega de Casa, alertando, no entanto, para a necessidade dos pais de alunos e também a direção da Apae se fazerem presentes na reunião com o executivo municipal. “Será uma maneira de também poderem falar sobre os benefícios da terapia e até sensibilizarem as pessoas sobre a importância dela para as crianças”, acrescentou.

Vereador Renato Pike (PR) disse que a prefeitura tem de buscar uma alternativa de gerir o programa sem ter a Cisamurc como intermediária. “Vamos sugerir que se faça um contrato direto, para diminuir os custos do município e também beneficiar quem presta o atendimento”, comentou.

 

Assessoria de Imprensa

Câmara Municipal de Vereadores de Canoinhas

Jornalista Rodrigo Melo – MTb/SC 013467 JP

Fones: 47 3622 339647 3622 3396/ 8805 5134