Pike quer cobrança de prazos para que montadora de triciclos se instale em área doada pelo município

por admin última modificação 08/03/2018 21h26
Vereador afirma que fora o terreno, prefeitura também investiu em aterro para que as obras de construção iniciassem; Requerimento solicita informações sobre áreas destinadas por cessão de uso

Decorridos mais de três anos da doação de uma área de terras no Campo D’Água Verde em favor da Tiger Imports do Brasil Ltda, ainda não saiu do papel a construção de uma montadora de triciclos prometida pela empresa em Canoinhas.

Preocupado, vereador Renato Pike (PR) disse que a administração municipal deve cobrar prazos para que a empresa se estabeleça na cidade ou, então, que faça a reversão do terreno. “Tem mais gente na fila precisando de área e esperando para poder construir ou ampliar seus empreendimentos”, falou.

Fora a doação da área, o vereador lembrou que o município ainda realizou altos investimentos no aterramento do terreno. Máquinas e pessoal trabalharam mais de três meses no local, com a expectativa de que em pouco tempo seria lançada a pedra fundamental para o início da construção. “Em até seis meses, 50% da obra deveria estar pronta e nem esse requisito da Lei foi cumprido”, argumentou.

Lei aprovada pela Câmara também autorizou que a Tiger colocasse o imóvel como garantia juntos às instituições bancárias quando da tomada de empréstimos. No entanto, emenda aditiva à Lei e proposta pelo vereador Paulo Glinski (PSD), restringe a garantia do terreno somente para os valores que serão aplicados em Canoinhas.

Apesar de ter recebido informações extraoficiais de que a obra só inicia quando a empresa conseguir levantar valores através de financiamento, Pike afirmou que aguarda esclarecimentos por parte do governo municipal. “Normalmente os financiamentos são pegos para ampliação, mas não para iniciar e custear a obra em 100%”, comentou.

Requerimento contendo seu questionamento será encaminhado ao prefeito Beto Faria (PMDB).

Reversão

Em outro requerimento, mas direcionado à secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, o vereador está perguntando quantas áreas de terra o município já destinou como cessão de uso e se há informações sobre quais beneficiados cumpriram todas as obrigações previstas em Lei.

Também está questionando o que vem sendo feito para a reversão das áreas em que os beneficiados não cumpriram com os requisitos estabelecidos pela legislação. “Já foi o limite da Câmara ficar autorizando cessão de uso ou doação de terrenos a todo momento. Pois ao recebê-los, muitos pensam que é como comprar uma bala de 40 centavos, descascar, chupar e se não gostar simplesmente joga fora”, disparou.

Pike ainda falou que deve apresentar projeto de lei, no qual passa para a Câmara a responsabilidade em elaborar, fiscalizar e ter de aprovar a renovação das cessões de uso de áreas destinadas pelo município. Atualmente, os projetos de lei partem do Executivo Municipal e a renovação acontece automaticamente no caso de o município não encontrar irregularidades.

 

Assessoria de Imprensa

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