Pike quer que 10% do custo das obras de saneamento básico sejam destinados para que a prefeitura recupere vias públicas
Tendo em vista a péssima qualidade das obras de reconstrução de calçadas e ruas que estão recebendo a rede de esgotamento sanitário no centro e bairros de Canoinhas, vereador Renato Pike (PR) apresentou indicação na qual está solicitando que a Casan destine valores para que a própria prefeitura realize os trabalhos, ao invés da Itajui Engenharia de Obras Ltda.
Pela proposta do vereador 10% do custo total da obra seriam repassados ao município. “Soube que em algumas cidades isso já aconteceu, onde uma porcentagem foi retida e repassada na sequência para que a própria prefeitura executasse o reperfilamento”, informou o vereador, ao se pronunciar esta semana, na Câmara.
Somados os valores aplicados na rede de coleta e na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), o investimento da Casan no sistema de esgotamento sanitário chega a R$ 27,9 milhões. Nessa primeira etapa a rede coletora está sendo assentada em 56 ruas da cidade.
Essa não é a primeira vez que um vereador ou a própria Câmara colocam em xeque a qualidade dos trabalhos de reconstrução feitos pela Itajui. Acompanhado de Wilmar Sudoski (PSD), Pike participou em setembro do ano passado de reunião com engenheiros da empresa onde expôs uma série de reclamações da comunidade e dos próprios vereadores sobre as obras de recuperação.
Na época os responsáveis pela Itajui garantiram que pelo contrato firmado com a Casan, a executora era obrigada a oferecer cinco anos de garantia em todas as obras de recuperação.
Informaram, ainda, que a Itajui estava cobrando reparos nos serviços mal feitos junto as oito empresas contratadas para fazer as escavações, implantar a rede de saneamento e atuar na reconstrução de ruas e passeios. Os engenheiros alegaram, naquela ocasião, que a dificuldade estava na mão de obra oferecida por algumas dessas terceirizadas.
Expira no início do próximo ano o prazo de entrega da primeira etapa da implantação da rede de saneamento básico. Motivo, esse, que faz o vereador defender a proposta, até como forma de garantia para população que saberia de quem cobrar caso algum trabalho de recuperação não tivesse qualidade esperada. “Porque muita coisa terá que ser refeita, a empresa pode ‘vazar’, como já foi de costume com outras empreiteiras que passaram por aqui e a prefeitura vai ter que arcar sozinha”, observou.
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