Projeto de indústria de conservas é apresentado na Câmara
Apresentado na Câmara Municipal, durante a sessão ordinária de terça-feira (25), o projeto de indústria de conservas que está sendo desenvolvido na localidade da Encruzilhada.
A iniciativa é do produtor rural Roberto Bradoski e do técnico agrícola e gestor do meio ambiente, Ferdinando Suckow, que ocupou a tribuna livre para repassar informações do projeto que já envolve mais 300 pessoas exclusivamente no plantio de pepinos.
Segundo ele, a indústria já fechou a compra de toda produção desses agricultores. “Está tudo legalizado por meio de contrato. São mais de 300 mil pés de pepinos que serão adquiridos pela indústria só nesta primeira safra”, explicou.
A intenção é expandir a indústria, englobar aproximadamente 400 famílias e a mão de obra de cerca de 800 pessoas. “O objetivo é que todos os envolvidos possam produzir futuramente 1.200.000 pés de pepinos”, afirmou. Está prevista também a industrialização de beterraba, couve-flor, brócolis, cenoura, vagem, cebola, doces, geléias e produtos de origem animal.
Para isso, os idealizadores precisam realizar investimentos na parte estrutural da indústria e na aquisição de equipamentos. Serão necessários um barracão com aproximadamente 2.150 metros quadrados e a compra de uma máquina de envase, uma câmera fria para armazenar 45 toneladas, oito panelas de cozimento, uma caldeira e outros acessórios internos. “Vamos buscar apoio junto a prefeitura do município para poder expandir a indústria e contamos também com o respaldo da Câmara de Vereadores”, ressaltou Suckow.
Presidente do legislativo municipal, vereador Beto Passos (PT), disse que o projeto é audacioso e parabenizou a iniciativa por oportunizar novas alternativas ao homem do campo. Já Paulo Glinski (PSD) falou que a indústria de conservas é uma forma de se agregar valor aos produtos cultivados pelos pequenos agricultores.
Para Alexey Sachweh (PPS), o ideal seria organizar uma cooperativa entre os participantes para diminuir o risco de se encontrar atravessadores. “O importante é fazer com que o lucro fique em Canoinhas e não deixá-lo ir embora”, frisou. Vereador João Grein (PT) afirmou que a iniciativa mostra que o plantio de novas culturas é viável e pode gerar emprego e renda às pessoas que vivem no campo.