Sudoski culpa aterros por enxurrada que trouxe transtornos e prejuízos à população
A enxurrada e a enchente ocasionadas pelas fortes chuvas que caíram sobre a região, no início do mês passado, e que trouxeram prejuízos e transtornos para diversas famílias no Planalto Norte Catarinense e Sul do Paraná, voltaram a ser tema de debate na Câmara Municipal, durante a sessão ordinária de segunda-feira, 14.
Para o vereador Wilmar Sudoski (PSD), é preciso diferenciar as causas de cada um dos eventos. Segundo ele, a enchente está relacionada a um fenômeno excepcional da natureza, já que em três dias o volume de chuva registrado foi superior a 400 milímetros. “Sobre isso, não temos muito o que fazer, as intempéries acontecem e os rios vão encher mesmo e a água vai represar em algum lugar. Não existe uma solução de momento”, garantiu.
Sobre os diversos pontos de alagamentos registrados em Canoinhas, já nas primeiras 24 horas de chuva, o vereador tem opinião contrária. Disse que grande parte dos problemas está nos aterros construídos ao longo dos anos, principalmente, nas áreas baixas e banhadas pelo Rio Água Verde. “Não sou contra e nem a favor dos aterros. Mas duvido que eles serão tirados de lá, só acho que não deve ser permitido a construção de outros nas regiões alagadiças”, ressaltou.
Pontuou como críticas regiões como no entorno da BR-280, no bairro Água Verde e nas proximidades das ruas Adolfo Bading, Guilherme Prust e da Avenida Rubens Ribeiro da Silva, no distrito do Campo D’Água Verde. “Nesses locais as águas ficam represadas e sem por onde ter vazão”, falou.
Vereador João Grein (PT) também se manifestou sobre o assunto. Defendeu uma revisão do plano diretor do município a fim de evitar a construção de novos aterros e casas nas áreas de risco. “Pois as pessoas estão indo morar no local que é de moradia das águas”, alertou.
Em outro momento, o petista questionou os critérios adotados pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) na liberação de aterros, já que diversos deles estão em regiões de banhado. “Essa informação que nos mandaram, que só liberam aterro onde não pega água, para mim veio abaixo”, afirmou o vereador, ao reclamar de ofício encaminhado pelo órgão à Câmara, em resposta a indagações feitas pelos vereadores ainda no ano passado. “Sendo grande projeto, ou pequeno projeto, tudo está sendo liberado pela Fatma”, lamentou.
Por iniciativa do vereador Wilmar Sudoski (PSD), a Câmara Municipal estará encaminhando ainda esta semana requerimento solicitando que o prefeito Beto Faria (PMDB) determine a elaboração de um projeto técnico e de levantamento de custos para o desassoreamento do Rio Água Verde.
No documento, o vereador também está pedindo a realização de obras e serviços que possibilitem a vazão das águas em algumas regiões banhadas pelo rio, especificamente aquelas próximas a aterros. O requerimento terá a assinatura dos demais vereadores.
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