Vereadores aprovam projeto que protege espeto de madeira em festa de Canoinhas

por Assessoria de Imprensa última modificação 18/06/2024 10h35


Vereadores aprovam projeto que protege espeto de madeira em festa de Canoinhas

 

 

O Projeto de Lei n° 126/2022, que declara o churrasco em espeto de madeira como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município de Canoinhas, foi apresentado pelos vereadores Juliana e Homer

 

 As festas do interior de Canoinhas podem seguir com uma de suas mais importantes tradições: o churrasco assado em espeto de madeira. O projeto de lei que torna o espeto de madeira patrimônio imaterial de Canoinhas foi aprovado em primeira votação na noite desta segunda-feira, 17, na Câmara de Vereadores. Se aprovado em segunda votação, o projeto segue para sanção da prefeita Juliana Maciel Hoppe, que, junto com o então vereador Marcos Homer, foram autores do projeto de lei, em 2022.

Hoje vice-prefeito, Marcos Homer comentou que o projeto de lei tem como objetivo manter a tradição e escapar das regras rigorosas da Vigilância Sanitária, que pode até multar organizadores de festas por causa do espeto de madeira.

Justificativa

Até a Ana Maria Braga já escreveu no seu site: "O autêntico churrasco gaúcho não é feito em churrasqueiras com espetos de alumínio, mas no fogo de chão com espetos de madeira. O fogo de chão é o centro da vida nos pampas. Em torno dele, protegidos do vento minuano que sopra forte em invernos longos e úmidos, discute-se o trabalho, a tropa a ser conduzida, um novilho a ser domado, etc.

Dizem que, nas maiores estâncias, o fogo nunca apaga porque tem sempre um peão chegando e pondo mais lenha. O carinho com as brasas é fundamental. Pode-se estragar carne maravilhosa com um fogo mal feito, mas com o braseiro certo já se salvou muita carne meia-boca. O segredo de um churrasco tranquilo é fazer um bom fogo. Quando o carvão (ou lenha) estiver todo em brasa, o certo é dar uma espalhada por toda a churrasqueira para então colocar a carne.

O melhor fogo é aquele em que se forma uma camada de cinza por cima do braseiro, impedindo a formação de labaredas e mantendo um fogo parelho e consistente. O fogo deve ser aceso com uma certa antecedência para poder queimar o carvão, eliminando a fumaça inicial que deixa cheiro e gosto ruim na carne. O ideal é colocar a carne com as brasas bem acesas e com aquela camadinha de cinzas se formando. As carnes devem ser colocadas com o osso para baixo e a graxa para cima. Devem ser assadas mais de longe para irem baixando conforme vão se aprontando.

Um dos segredos do assador é saber regular essa distância para cada tipo de carne ou de corte. Carne muito perto do fogo "sapeca" e fica queimada por fora. Carne muito alta só cozinha e perde o gosto. Se faltar fogo ou chegar mais gente, algo muito comum, não se deve atirar um saco de carvão com poeira e tudo sobre o fogo. Pegue os pedaços de carvão e, com a mão, atire por cima do braseiro, devagar e sem muita bagunça."

Aprovação

O vice-presidente da Câmara, André Flenik, que conduziu a sessão, deixou claro o caráter cultural do projeto, rechaçando quem, por ventura, venha a ironizar a aprovação. “Antes que falem que seria um projeto inútil, estamos protegendo uma tradição local. Existem projetos a nível nacional que proíbem essa tradição. O espeto em taquara, no Rio Grande do Sul, teve situação semelhante e foi protegido por projeto de lei local”, argumentou.

“Nós que convivemos nas comunidades católicas, onde se fazem muitas festas, se tirarmos o espeto de madeira, acaba o espírito da festa”, justificou seu voto favorável o vereador Wilmar Sudoski.

Foto: Bruno Padilha/Arquivo Pessoal Priscila Noernberg

 

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